A PROMOÇÃO

Aspira aos lugares mais altos,

Qualquer que seja a missão,

Mas cuidado pois nos saltos

É maior o trambolhão.

 

      A Feira dos Santos é ponto de passagem obrigatório para todos os habitantes da região raiana sejam portugueses ou espanhóis. Os flavienses falam mesmo em confusão das línguas pelo embaraço que sentem em distinguir a proveniência de tantos forasteiros.

     - Parece que pariu aqui a galega – protesta o Moisés ante a impossibilidade de entrar na garagem que comprou e de que dificilmente consegue usufruir naqueles dias. – Esta gente estará toda de férias ou cai-lhe o dinheiro do céu?

      Deve ser dos poucos que protesta contra o sacrifício que lhe é pedido naqueles dias. Habituado a chegar a casa e guardar o carro na garagem com comando à distância que se lhe oferece escancarada quando embica o carro nesse sentido custa-lhe ter de deixar o carro a centenas de metros e transportar para casa as compras que vai fazer regularmente do outro lado da fronteira.

      - Deixe lá, pai. Esta barafunda é sinal de vida para a cidade. Basta a modorra dos outros meses.

     O rapaz tem razão. A sensibilidade juvenil ajudou-o a perceber que vêm uns para vender, outros para comprar e os demais para sentir ao vivo e a cores como param as modas.

       Está no bom caminho o moço. Olhando à volta, durante os onze meses restantes, constata que a juventude rareia na proporção do crescimento da terceira idade. Essa sim reproduz-se como cogumelos. Ele são os que nunca partiram, ele são os que regressaram, os que nunca deveriam ter partido e os que nunca se esperaria que regressassem, os adorados e os rejeitados. A uni-los está a reforma mais ou menos farta que auferem e os alimenta e o desejo de serem enterrados no mesmo lugar onde enterraram os pais, o marido ou a mulher. É uma questão de tempo: aquela terra que lhes deu o ser, está predestinada para os reduzir ao pó de que somos feitos. São muitos, prendem os movimentos da família, mas ajudam como podem na economia doméstica marcada pela dureza do clima e pelo calor abrasador do Verão infernal que lhes moeu os nervos e hoje lhes alimenta a esperança de ao menos o vinho compensar em qualidade a quebra na quantidade. Mas isso são contas de outro rosário, porque a feira irmana a todos e o trabalho dá momentâneas tréguas nos campos e nas orações pelos defuntos. Ricos ou pobres, homens e mulheres válidos que se prezem, suspendem a recolha das castanhas por algumas horas e metem pés a caminho para ver e ser visto, comprar ou vender, alimentar o corpo e a alma de sonhos e ilusões para o ano seguinte.

       Férias coletivas! Até a agenda do padre Zé fica em branco nesses dias. O acordo é pacífico: os fregueses querem estar livres desses compromissos quando a hora é de lazer e o pároco entende que também ele é filho de Deus e gosta de dar o seu giro pelo excesso de negócios mundanos tão úteis ao corpo e refrigério da alma.

         - Gosto disto à brava, padre Zé – bradava-lhe com abundância de gestos um paroquiano bem nutrido enquanto decidia se apostava alguma coisa no jogo da vermelhinha ou se gastava o dinheiro na barraca das farturas que lhe ficava mesmo à mão.

        - Olha, filho, farás o que a tua consciência te mandar. Se dá para tudo… é festa, é festa; se tens de renunciar a alguma delas, sempre te sugeria que é preferível comer e beber do que atirar com o dinheiro às pombas. O ano é muito grande e esbanjar numa hora o que nos pode fazer falta mais tarde é um erro enorme. Vai por mim. Nesta feira, só o gasto em comida e noutra coisa que eu cá sei…

         Aquela ovelha estava pouco interessada em saber para onde ia o dinheiro que ele e os outros crentes davam por aquela altura ao seu pastor. Saíra de casa com duas notas no bolso e jurara a si próprio e à Etelvina que lhe daria sumiço antes do meio-dia.

        - Está decidido. Se gostar da minha companhia, convido-o a almoçar. Ofereço-lho com muito gosto, sabe bem isso.

      Claro que sabia. Tinham partilhado a mesma mesa muitas vezes, sempre com simpatia e cordialidade. Por altura das festas, era em casa do Ovídio que o padre Zé almoçava a meio da tarde e no tempo de apuro do trabalho, quando os seus préstimos eram requisitados, o paroquiano almoçava em casa do cura a meio da manhã. Juntarem-se ali por mais uma vez, ainda por cima em terreno neutro, seria uma manifestação de cumplicidade.

      - Agradeço o convite, Ovídio, mas tenho trabalho à tarde e preciso de seguir. A única coisa que me trouxe até cá foi a Tia Ledinha. Sempre quero saber pela boca dela o que me reserva o novo ano.

      - Essa é espertalhona. Desconheço que poderes a acompanham, mas comprovei que acerta nas previsões que faz mais do que o “Seringador”. A linguagem é que a atraiçoa. É uma desbocada…

        - Nunca me apercebi...

      - Pudera! Trata-se de uma mulher sem estudos, mas que, perante pessoas de respeito, sabe ocupar o seu lugar. O padre Zé entende que a linguagem que usa na sua presença terá necessariamente de ser diferente da que usa para um patife qualquer. Às vezes aparecem-lhe algumas bestas batizadas a quem tem de dirigir como lhe pedem.

A quem se dá o que nos pede

Vemo-lo tão vaidoso e contente

Que até parece que se excede

Quando alguém lhe faz frente.

     - Desconhece-me, homem. Nunca me apresentei nem gostaria que soubesse com quem estava a falar.

       - Que adiantaria negar-lho? Será...

       - Tenho andado atento e nada de a ver. Será que…?

     - Morreu lá agora. Está cada vez mais nova e ela aparece. Nem a feira se fazia sem ela. Essa mulher é um monumento local.

     Nem um nem outro se tinham cruzado com ela, mas ninguém duvidava da sua presença, ainda que fosse apenas, pela roda de admiradores que a cercavam nos curtos momentos em que ela, com a maior desfaçatez, expunha as mazelas do cura como as de qualquer homem vulgar.

    Ele procurava-a para se divertir com as suas previsões, ela procurava-o para lhe quebrar ilusões a troco de alguma recompensa que o seu trabalho dispensava, mas a gratidão impunha. Olhos ávidos desse momento único acompanhavam-nos e interrogavam o terreiro para ver se descobriam o objeto do seu desejo. A demora para esse momento único tinha uma explicação: padre Zé encontrara-se com um confrade e, cioso do seu anonimato, aguardou que se retirasse do seu ângulo de visão para se assegurar que também passava a estar fora do dele. Eram brios justificados por uma imagem de gravidade que se impunha defender. Quando ouviu ao outro que tinha de partir devido a um serviço marcado para essa hora, respirou de alívio e encetou a busca. Foi encontrando rostos conhecidos a quem saudava gestualmente e outros a quem dirigiu a pergunta sobre o objeto da sua busca.

     - Por que há de ser a Tia Ledinha? – questionava o senhor Alfredo, dando nota que havia mais alguém a ler o signo naquela feira. Ao perceber que era essa e só essa que o padre Zé buscava, continuou. – Passa o ano inteiro sem dar sinais de vida, mas cá aparece todos os anos para ler a sina. A feira está muito mudada para os comerciantes, mas há coisas que se mantêm e a Tia Ledinha é uma daquelas figuras emblemáticas a quem só a morte impedirá de aparecer.

        - Gosto dessa mulher. Está velhota, coitada, mas é um regalo ouvi-la a falar do futuro e do passado com igual desembaraço.

       - É uma pobre mulher, sim senhor. Comenta-se que tem virtude, mas dessas coisas o padre Zé duvidará.

      - Acredito, acredito. É preciso sempre um desconto grande ao que afirma, mas acredito.

     - Pois nos anos anteriores costumava parar na zona do cruzeiro, mas passei por lá agora e nada.

     O encontro proporcionou-se logo após. A anciã tinha tão pouca confiança com o cliente que passou por ele sem lhe dirigir a palavra, mas, alguns metros à frente, começou a exercer a sua arte como se fosse um gesto ensaiado para atrair incautos à galhofa coletiva. O desprezo com que se via tratado confirmava-lhe a convicção de manter o anonimato num ritual impróprio ao seu múnus pastoral. Pura ilusão. A idade da curandeira e a presença assídua nos funerais que aconteciam nas redondezas justificavam que tivesse absoluta certeza que estava perante o pároco de Teixedo e a senhora Ana, a canónica fiel que em tudo o servia e lhe servia. Que havia de fazer? Se ele se deliciava com as suas afirmações certeiras, só tinha de lhe falar ao jeito. As gargalhadas que suscitava eram a paga por lhe descobrir os segredos bem guardados e as moedas pagariam a contenção no uso do nome.

      A Tia Ledinha sabia da doença que tomara conta da canónica no ano anterior e que prolongaria os seus efeitos por mais algum tempo. Daí a adivinhar as implicações da doença alheia nos hábitos do cliente pareceu-lhe do mais puro bom senso: o prazer que estava impossibilitado de buscar a dois certamente que seria encontrado solitariamente.

      - As mãos que pousam sobre as minhas são mãos que procuram prazer no próprio corpo. Noutros tempos nada disso era preciso, mas que se há de fazer? Melhores dias se avizinham...

      Os presentes riram com vontade. O consultante manteve a mesma a seriedade e até deitou água na fervura:

      - Tenho as mãos polidas é? É do trabalho... Cada vez há menos quem chamar e...

Registo com sangue o que sinto

Como se jurasse pelo Evangelho

Ao sair pela tua mão do labirinto

Onde o trabalho me torna velho.

       - Trabalhos!... A vida está difícil... é mais do que verdade, mas que a doença dos outros nos afete tanto, custa mais. 

       O criado tinha partido no ano anterior e podia ser dele que ela falava, mas os esgares que acompanhavam as palavras davam um toque de sensualidade a que nenhum dos circunstantes ficava indiferente. Entreolharam-se envergonhados. Atenta à pessoa que consultava, a Tia Ledinha pensou em corrigir o que comentara, mas o exercício omnipotente da atividade impediu-a de o fazer. Fazê-lo seria deixar os créditos por mãos alheias porque os clientes levariam muita a mal que se desdissesse tanto quando se referia a aspetos positivos como quando a conversa era desagradável para quem pagava. Continuou o seu rosário de afirmações certeiras recordando o tempo em que fora um filógino pouco exigente, para o aconselhar a voltar a esse tempo.

        - Pouco exigente? Ora essa! Só gosto do que é bom... – garantiu. – Dispenso selo de garantia, mas, quando as coisas são boas, é presunção desnecessária de ir tão longe.

    Falavam linguagens diferentes. Um e outro mantinham a compostura que lhe exigia o seu estatuto quando um estranho semeou a confusão com um palpite malicioso:

         - A forja está velha - opinou virando costas ao grupo. – Se continuar com a mesma febra está f… 

          Todos condenaram o desplante por saberem que eram mais as vozes do que as nozes, mas sorriram perante aquele quadro. Padre Zé olhou para o lado na tentativa de descobrir o atrevido. A galhofa era generalizada. Nada a fazer. A Tia Ledinha ficou incomodada com o incómodo do cliente. Deitou água na fervura.

           - Todos mudamos com o tempo, mas tudo o que é colocado ao nosso serviço tem sempre o seu lado bom e, além disso, gostos são gostos. Cada um tem os seus.

          A leitura continuou. A tia Ledinha sabia bem que onde há fumo há fogo. Todo aquele incómodo por ela falar do que toda a praça sabia parecia-lhe exagerado. Nunca tal lhe acontecera com aquele cliente nem com qualquer outro. Anunciar-lhe que podia obter maior prazer sem recurso às mãos do que através delas parecia-lhe bem mais grave do que aconselhá-lo a aproveitar as ofertas que tivesse mesmo sem serem de primeira qualidade, pois era voz corrente que teria passado por um período em que tudo lhe servia.

         O rosário de coisas más continuou. Padre Zé estava capaz de rebentar pressionado pela vergonha e a presença de tanta gente conhecida. Nunca acontecera tamanho desequilíbrio. Nos anos anteriores, as boas e as más notícias estavam muito mais equilibradas.

       - Desta vez só me fala em desgraças? Nos anos transatos havia maior equilíbrio. Estava à espera de qualquer coisa que desse um ar da sua graça a uma vida com dificuldades que cheguem.

        - Ora, ora... Estava à espera de quê? Só leio as palmas das mãos. Se entrasse no pensamento das pessoas, a conversa seria diferente porque era como se se ouvissem a elas próprias. Assim... Deixe-me continuar a ver se aparece alguma coisa com que o possa consolar. Mau! Esta linha descontínua é um pau de dois bicos: significa que o ano vai ser abundante e que Deus se vai lembrar de si.

       - Ora explique lá essa – replicou o padre Zé assustado. – Espera-me uma desgraça ainda maior? Vou morrer?

         - Entenda como quiser. A única coisa que sei ler é a sina, mas nisso tenho pergaminhos abalizados pela longa experiência, como sabe. De resto sou alfabeta de pai e mãe.

          - Analfabeta, quereria admitir?

      - Ou isso. Então o senhor pretendia que uma ignorante lhe explicasse como é que Deus se lembra das pessoas? Terá de lho perguntar a Ele. 

       O anúncio de ano abundante fê-lo esfregar as mãos de contente porque fazia adivinhar aumento na avença que estava em pagamento, mas aquela de Deus se lembrar dele deixou-o atrapalhado porque nem sequer admitia outra hipótese para além da iminência da morte. Para a senhora Ana aquilo era mais seguro do que as profecias do Antigo Testamento.

        - Na sua situação, passaria a estar preparado para a morte desde já. As árvores caem para o lado que inclinam, ouvi-lhe muitas vezes na sua pregação.

       - A dona Ana está muito sabida – retorquiu-lhe com o mais azedo sarcasmo.

     Os seus achaques eram tão insignificantes que era levado a acreditar que a sua vida estava boa e recomendava-se, mas o saber que acertara em todas as situações anteriores e a recorrência com que o assunto era trazido à baila pela ávida dos seus bens, obrigou-o a cair numa crescente nosomania e deixava-o sem saber bem para que lado havia de pender.

       Matutava naquilo o bom do cura, mas preferia viver neste vale de lágrimas do que partir para uma morada eterna que antevia como sonho para os seus fregueses, mas onde lhe podia ser recusado lugar para ele com tanto conforto como o que experimentava nesta vida. Persistia-lhe na ideia esse pensamento e tanto o ocupou que lhe fez perder as certezas místicas em que se movia até aí.

        - Até estou a sentir a morte a aproximar-se – anunciava ele à criada quando a gripe o fez recolher à cama três dias.

         - O que vai ser de mim quando os seus sobrinhos tomarem conta do casal e me puserem à porta? Estou a ver a minha vida a andar para trás. Prometeu que fazia e acontecia, mas está visto que era só para levar a água ao seu moinho...

           - Metade do que tenho é para ti. Ouviste-mo muitas vezes.

         - Sapatos de defunto!... Até estar o testamento assinado, adianto bem com essas promessas!... Promete que faz e acontece e no cabo e no rabo fico com dez reis de mel coado.

       - Os meus sobrinhos estão recomendados. Acalma que ainda vais ficar com uma parte boa.

       - Chame o notário. Também foi assim que fez o velho abade. Lembra-se?

         - Um papel do notário vale mais do que a minha palavra? Que disparate, Ana! Consideras-me homem de voltar com a palavra atrás?

       No final do segundo dia de gripe, com a febre a teimar nos valores máximos, esteve prestes a chamar o notário ou os sobrinhos para que ficasse manifesta a sua última vontade. O simples facto de a criada ter sido contagiada e estar ainda mais atacada do que ele os levou a adiar por mais uns dias momento tão importante para um e tão penoso para o outro. Ao terceiro dia, a febre dele dá sinais de baixar e a dela continua a subir. Nem reage aos chás com que se trata nem aos medicamentos que guarda no armário, o que os deixa atónitos e sem saber bem o que fazer.

        O médico diagnostica complicações associadas à gripe, mas responde-lhe negativamente quando lhe pergunta se é coisa grave.

        - Fique descansado que ninguém morre disto, padre Zé. Um homem valente como sempre foi ia agora estragar a pintura com uma coisa de nada, própria da época?!

   - E medicamentos, senhor doutor? Preciso de tomar medicamentos?

      - O pior passou. A febre atingiu o pico. A partir daqui, as expetativas são sempre para melhor. Olhe, abafe-se, avinhe-se e abife-se. Nunca escutou que é o melhor remédio?

         O senhor doutor está a brincar, mas saiba que estou sem apetite absolutamente nenhum. Esta boca está sem provar migalha há dois dias.

         - É um risco grave. Assim, se o poupar a doença, morre da cura.

      O abade melhorou a olhos vistos com a simples visita do médico. As suas atividades pastorais foram retomadas e, embora recordasse a ameaça que pairava sobre ele, até experimentava novo alento e a vontade de continuar a ser, sem qualquer partilha de poderes, o maior agricultor da paróquia: um pouco que trabalhava, outro que pagava a quem lho fabricasse mais aquilo que os fregueses lhe ofereciam por ocasião das colheitas, faziam com que a sua tulha ficasse mais farta do que a da Confraria das Almas.

        Quando experimentou algumas melhoras a criada voltou à carga com a pertinência de chamar o notário e os sobrinhos do padre Zé. As novas circunstâncias em que voltava à vaca fria dispensavam tamanha pressa desse gesto.

       - Que mulher mais aborrecida. Até parece que estás a querer ver-me morto. Estás a esquecer-te disto:

Quero ver uma árvore viva
Mesmo que nunca dê fruto
Quem arranca ou seca a oliva
De pouco lhe vale fazer luto.

      - Gostaria de saber se ainda acredita no que lhe indicou a tia Ledinha. Pelo que se vê, a vontade de fazer testamento é pouca...

         - Nenhuma...

         - Nenhuma?

        - Quando morrer só levo o que me quiserem vestir. Tudo o resto cá te fica. Deixa de ser impertinente!... Quem sabe lá se sou eu que morro antes ou tu? Deus tanto se pode lembrar dum como do outro.

       - Cheira-me a esturro! A páginas tantas, hei de ficar de mãos a abanar. A Tia Ledinha só previu que Deus se ia lembrar de si, quanto a mim...

      E lembrou-se. Com a senhora Ana mal refeita dos achaques anteriores e a gemer das dores e de raiva, surgiu a nomeação de padre Zé para pároco da maior paróquia da diocese, o lugar que todos os curas desejavam.

       - Tanto tempo à espera desta promoção!... Deus lembrou-se agora de mim. Os Seus desígnios são insondáveis!... A Tia Ledinha é uma santa! E quanto a nós, Ana, o que lá vai, lá vai. Seria perder tempo teimar em chorar as cebolas do Egito.

       A promoção deitou por terra os anseios da respeitabilíssima senhora. Tudo aquilo deixava de ser dela. Caiu doente rendeu a alma ao criador.

Júlio Rocha

Comentários

  1. Parabéns por este magnífico conto.
    Um abraço

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  2. Paula Alves23/5/25 19:51

    Impossível parar de ler! Parabéns.

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  3. É um prazer ler este conto👏👏 Parabéns

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  4. Drr Skibidi dop dop

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  5. Um abraço do Jorge Dias!

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  6. Bela escrita, uma pergunta, há algum motivo ter escolhido o nome Hora de Noa?

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