CABANA DAS ORQUÍDEAS
São tantos os preconceitos Ao olhar para o nosso lado Que temo que tantos eleitos Vivam em constante pecado. Era agosto. Como todos os anos, passava mais tempo no quartel dos bombeiros do que junto da família para garantir uma resposta célere a qualquer incêndio que fosse comunicado para o posto como acontecera tão amiudadas vezes nos três dias anteriores. Porém, naquele dia havíamos sido poupados a qualquer comunicação de incêndios que nos mobilizasse. Dava a impressão de que os pirómanos teriam decidido dar-nos tréguas para que pudéssemos celebrar em paz a festa da padroeira. Este e outros pueris pensamentos distraíam-nos do cansaço acumulado e incutiam-nos ânimo para as próximas provas. Porém, seríamos os últimos a alimentar ilusões: com tréguas ou sem elas, o mês de agosto seria trabalhoso. Embora organizada em cima da hora, fora combinada uma sardinhada para o meio-dia. Cada um contribuíra com aquilo que lhe dava ma...